PIRATAS

Um pirata (do grego πειρατής, derivado de πειράω "tentar, assaltar", pelo latim e Italiano pirata) é um marginal que, de forma autônoma ou organizada em grupos, cruza os mares só com o fito de promover saques e pilhagem a navios e cidades para obter riquezas e poder. Época áurea ocorreu principalmente entre os séculos XVI e XVIII.

As tripulações de piratas eram formadas por todos os tipos de pessoas, mas a maioria deles era de homens do mar que desejavam obter riquezas e liberdades reais. Muitos eram escravos fugitivos ou servos sem rumo. As tripulações eram normalmente democráticas. O capitão era eleito por ela e podia ser removido a qualquer momento.

Eles preferiam navios pequenos e rápidos, que pudessem lutar ou fugir de acordo com a ocasião. Preferiam o método de ataque que consistia em embarcar e realizar o ataque corpo a corpo. Saqueavam navios de mercadores levemente armados, mas ocasionalmente atacavam uma cidade ou um navio de guerra, caso o risco valesse a pena. Normalmente, não tinham qualquer tipo de disciplina, bebiam muito e sempre terminavam mortos no mar doentes ou enforcados, depois de um carreiro curta, mas transgressora.

No auge, os piratas controlavam cidades insulares que eram paraísos para recrutar tripulações, vender mercadorias capturadas, consertar navios e gastar o que saqueavam. Várias nações faziam vista grossa à pirataria, desde que seus próprios navios não fossem atacados. Quando a colonização do Caribe tornou-se mais efetiva e a região se tornou economicamente mais importante, os piratas gradualmente desapareceram, após terem sido caçados por navios de guerra e suas bases terem sido tomadas.

Desde aí a pirataria vem perdendo importância, embora em1920 ainda tivesse a sua importância nos mares da China.

Atualmente, a pirataria revela-se mais incidente no Sudoeste Asiático e ainda no Caribe, sendo os locais de ataque espaços entre as ilhas, onde os piratas atacam de surpresa comlanchas muito rápidas.

 

     

 

O corso português tornou-se comum no século XIV, altura em que D. Dinis contrato Mauel Pessanha, ficava com um quinto da riqueza dos barcos e com os navios e as armas destes. A partir de 1443 os corsos portugueses passaram o tributo, tal como pagavam a D. Dinis, de um quinto das pilhagens efetuadas ao Conde D. Henrique. Um dos principais objetivos dos portugueses era dominar o Estreito de Gibraltar de modo a combater parte da pirataria e do corso sarraceno, assim como com o domínio deste espaço este se tornaria num importante entreposto comercial. O corso português destacou-se principalmente contra o reino de Granada, no sul de Espanha, enfraquecendo assim o domínio deste reino muçulmano na Europa.

                                        

     

(batalha naval ao largo de Ceuta)

 

Em 1446 reuniram-se as cortes em Lisboa, onde os mercadores algarvios, representados pelos armadores de Tavira queixaram-se das perseguições e pilhagens dos compatriotas armados lhes faziam a eles e aos aliados cristãos (castelhanos, galícios, aragoneses, entre outros), fazendo assim com que o Algarve perdesse a sua importância como ponto de cabotagem.

 

Entre os corsos portugueses desta época destacaram-se Gonçalo Pacheco Mafaldo, Lançarote etc.

 

Em 1498 o Reino de Portugal enviou Duarte Pacheco Pereira em uma expedição para saber se as 370 léguas das ilhas de Cabo Verde realmente existiam.Essa expedição é considerada um ato de pirataria e espionagem no Atlântico.

Quando chegou a Calecute, Vasco da Gama atacou três embarcações e fez diversos reféns, provocando assim a autoridade de Calecute. Calecute respondeu e perseguiu os navios portugueses, contudo Vasco da Gama fez uma ação de represálias, e ao se cruzar com a primeira esquadra atacou-a. Antes de regressar, a frota portuguesa foi atacada por um importante corsário e pirata, Timoja, que foi repelido de imediato, e mais tarde veio a prestar grandes serviços aos portugueses. Para além destes violentos acontecimentos, os navegadores portugueses praticariam outros violentos e cruéis atos de corso no Oriente.

 

Para oriente da costa do Coromandel, nomeadamente no Golfo de Bengala e no mar da China onde o território marítimo era mais difícil de controlar, existiram vários piratas, que eram principalmente portugueses. Estes fora da lei eram foragidos, desertores e renegados. No Golfo de Bengala, em Dianga, existia uma comunidade corsária instalada em 1540, que era principalmente constituída por portugueses.

 

Entretanto o governador de Goa começou-se a sentir ameaçado por esta comunidade, e então lhes fez um ataque onde matou seiscentos e expulsou os restantes, no entanto só veio a ser definitivamente exterminada em 1666. Além desta comunidade, ainda atuavam no extremo oriente corsos-mercadores portugueses, de onde se destacou António Faria, mas também existiam salteadores nativos. Sabe-se que existiram muitos mais aventureiros do gênero na zona, no entanto não existiam narradores para testemunhar as histórias, sendo o principal narrador Fernão Mendes Pinto.

(Buque canhonero pirata no porto de Tunez)

NAVIOS PIRATAS